Biologia-Soraia

05 fevereiro 2007

Molécula de ARN é nova esperança no combate ao cancro


Cientistas britânicos e alemães estão a investigar separadamente uma nova arma contra o cancro baseada no recurso a moléculas de ácido ribonucleico (ARN), noticia o diário inglês The Independent.
O objectivo das duas equipas, uma da Universidade de Oxford (Reino Unido) e outra do hospital universitário de Tubingen (Alemanha), é atacar os genes humanos que permitem que os tumores cresçam de forma imparável no organismo.
A abordagem radical das duas equipas consiste em utilizar moléculas de ARN - substância semelhante ao ADN dos genes - para "silenciar" ou desactivar determinados genes chave relacionados com o crescimento dos tumores.
Uma equipa da University of Oxford demonstrou num estudo laboratorial, a publicar na revista Nature, ser possível utilizar grandes moléculas de ARN para desactivar um gene responsável de uma enzima, a DHFR, que contribui para a rápida proliferação das células cancerosas.
A equipa de Tubingen usou moléculas de ARN mais pequenas num estudo com ratinhos para desactivar outro gene que desempenha um papel importante no crescimento rápido dos tumores cerebrais.
"Ao inibir-se o gene da DHFR, poderá prevenir-se o crescimento de células neoplásicas, células normais que degeneram em cancerosas, como as do Cancro da Próstata", explicou Alexandre Akoulitchev, um dos investigadores de Oxford. Outra abordagem é adoptada pelo professor Michael Weller, director do serviço de Neurologia do hospital universitário de Tubingen, que utiliza moléculas mais pequenas de NRA para desactivar um gene que impede que os tumores cerebrais sejam atacados pelo sistema imunitário do organismo.


Fonte: Agência de notícias Lusa